O Palácio Nacional da Ajuda é um monumento nacional que se situa em Lisboa, na freguesia da Ajuda.
Em 1726, D. João V adquiriu três quintas em Belém, com o objectivo de construir uma residência real de Verão. Todavia, só no reinado de D.José, após o terramoto de 1755, o rei mandou construir, no alto da Ajuda, a “Real Barraca”, pois os materiais de construção eram apenas madeira e pano. A obra, traçada por Mazone, Patrone e Veríssimo Jorge, ficou concluída em 1761. A “Real Barraca” foi interiormente decorada com todo o luxo.
Após a morte de D. José, o palácio ficou alguns anos desabitado, e em 1794 um incêndio destruiu-o totalmente, salvando-se apenas a Torre Paroquial. Por isso, o Príncipe Regente, futuro D. João VI, aprovou a construção de um palácio de raiz, existindo um primeiro projecto Barroco, de Manuel Caetano de Sousa e outro Neo-clássico, de Francisco Xavier Fabri e José da Costa e Silva. A primeira pedra foi colocada em Novembro de 1795, mas a construção arrastou-se por longos anos devido às invasões francesas e, posteriormente, à Guerra Civil.
Durante o reinado de D.Maria II, o Palácio da Ajuda passou novamente para segundo plano.
Já em 1861, após a morte do rei D. Pedro V, D. Luís transformou este palácio num verdadeiro Paço Real. A sua esposa, D. Maria Pia de Sabóia, efectuou grandes transformações no recheio e decoração do Palácio da Ajuda que se tornou num espaço luxuoso e requintado, mas também acolhedor e familiar.
Já no fim da Monarquia, o Palácio passou novamente para segundo plano, habitado apenas pela rainha D. Maria Pia. Em 1910, com a implantação da República, o Palácio foi encerrado.
Actualmente, o Museu do Palácio possui um espólio valioso de artes decorativas, sendo ainda utilizado pelo Estado Português para a realização de cerimónias oficiais.
(texto da Professora Dolores Vidal)
Sem comentários:
Enviar um comentário